segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A Lei de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher foi sancionada pelo presidente Lula, dia 7 de agosto, e receberá o nome de Lei Maria da Penha Maia. “Essa mulher renasceu das cinzas para se transformar em um símbolo da luta contra a violência doméstica no nosso país”, afirmou o presidente.

O projeto foi elaborado por um grupo interministerial a partir de um anteprojeto de organizações não-governamentais. O governo federal o enviou ao Congresso Nacional no dia 25 de novembro de 2004. Lá, ele se transformou no Projeto de Lei de Conversão 37/2006, aprovado e agora sancionado.

A ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, acredita que o número de denúncias possa aumentar. “Certamente , quando oferece a sociedade uma estrutura de serviços onde as mulheres se sintam encorajadas a denunciar porque tem uma rede de proteção para atendê-las, você aumenta a possibilidade de número de denúncias”, disse.

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres colocou à disposição um número de telefone para denunciar a violência doméstica e orientar o atendimento. O número é o 180, que recebe três mil ligações por dia.

Maria da Penha Maia
A biofarmacêutica Maria da Penha Maia lutou durante 20 anos para ver seu agressor condenado. Ela virou símbolo contra a violência doméstica.
Em 1983, o marido de Maria da Penha Maia, o professor universitário Marco Antonio Herredia, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez, deu um tiro e ela ficou paraplégica. Na segunda, tentou eletrocutá-la. Na ocasião, ela tinha 38 anos e três filhas, entre 6 e 2 anos de idade.
A investigação começou em junho do mesmo ano, mas a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro de 1984. Oito anos depois, Herredia foi condenado a oito anos de prisão, mas usou de recursos jurídicos para protelar o cumprimento da pena.
O caso chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que acatou, pela primeira vez, a denúncia de um crime de violência doméstica. Herredia foi preso em 28 de outubro de 2002 e cumpriu dois anos de prisão. Hoje, está em liberdade.
Após às tentativas de homicídio, Maria da Penha Maia começou a atuar em movimentos sociais contra violência e impunidade e hoje é coordenadora de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV) no seu estado, o Ceará.
Ela comemorou a aprovação da lei. "Eu acho que a sociedade estava aguardando essa lei. A mulher não tem mais vergonha [de denunciar]. Ela não tinha condição de denunciar e se atendida na preservação da sua vida", lembrou. Maria da Penha recomenda que a mulher denuncie a partir da primeira agressão. "Não adianta conviver. Porque a cada dia essa agressão vai aumentar e terminar em assassinato."
Quatro agressões por minuto
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que o caso de Maria da Penha Maia não é isolado e que muitas mulheres sofrem agressão dentro de casa. Segundo ela, o espancamento atinge quatro mulheres por minuto no Brasil. E acrescentou que muitas não denunciam por medo ou vergonha de se expor.
Uma pesquisa realizada em 2001 pela Fundação Perseu Abramo estima a ocorrência de mais de dois milhões de casos de violência doméstica e familiar por ano. O estudo apontou ainda que cerca de uma em cada cinco brasileiras declara espontaneamente ter sofrido algum tipo de violência por parte de algum homem.

Dentre as formas de violência mais comuns destacam-se a agressão física mais branda, sob a forma de tapas e empurrões, sofrida por 20% das mulheres; a violência psíquica de xingamentos, com ofensa à conduta moral da mulher, vivida por 18%, e a ameaça através de coisas quebradas, roupas rasgadas, objetos atirados e outras formas indiretas de agressão, vivida por 15%.
Juizados especiais
A Lei Maria da Penha estipula a criação, pelos tribunais de Justiça dos estados e do Distrito Federal, de um juizado especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher para dar mais agilidade aos processos.
Além disso, as investigações serão mais detalhadas, com depoimentos também de testemunhas. Atualmente, o crime de violência doméstica é considerado de “menor potencial ofensivo” e julgado nos juizados especiais criminais junto com causas como briga de vizinho e acidente de trânsito.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, afirmou que vai recomendar a criação. “O Poder Judiciário, por meio do Conselho Nacional de Justiça, tem a intenção de fazer recomendar a todos os judiciários estaduais, que são autônomos e independentes, a criação dos juizados especiais que cuidam da violência doméstica”.

Prisão em flagrante

O Brasil triplicou a pena para agressões domésticas contra mulheres e aumentou os mecanismos de proteção das vítimas. A Lei Maria da Penha aumentou de um para três anos o tempo máximo de prisão – o mínimo foi reduzido de seis meses para três meses.

A nova lei altera o Código Penal e permite que agressores sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada. Também acaba com as penas pecuniárias, aquelas em que o réu é condenado a pagar cestas básicas ou multas. Altera ainda a Lei de Execuções Penais para permitir que o juiz determine o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação.

A lei também traz uma série de medidas para proteger a mulher agredida, que está em situação de agressão ou cuja vida corre riscos. Entre elas, a saída do agressor de casa, a proteção dos filhos e o direito de a mulher reaver seus bens e cancelar procurações feitas em nome do agressor. A violência psicológica passa a ser caracterizada também como violência doméstica.

A mulher poderá também ficar seis meses afastada do trabalho sem perder o emprego se for constatada a necessidade de manutenção de sua integridade física ou psicológica.
O Brasil passa a ser o 18.º da América latina a contar com uma lei específica para os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, que fica assim definida: qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. O texto define as formas de violência vividas por mulheres no cotidiano: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
Leia íntegra da lei
-ARQUIVO EM PDF
Leia manifesto das mulheres

www.planalto.gov.br/spmulheres

Vale a Pena Lutar! -- Informes sobre as conquistas das mulheres na sociedade

8 de Março

O Dia Internacional da Mulher foi criado em homenagem a 129 operárias que morreram queimadas numa ação da polícia para conter uma manifestação numa fábrica de tecidos. Essas mulheres estavam pedindo a diminuição da jornada de trabalho de 14 para 10 horas por dia e o direito à licença-maternidade. Isso aconteceu em 8 de março de 1857, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
É longo o caminho das mulheres em busca de respeito à sua dignidade pessoal, social e profissional. Longo, mesmo. E, isto, vocês podem perceber clicando em "As mulheres fazem a história".
Quando pensamos que, no fim do século dezenove, na Inglaterra, mulheres sozinhas, sem marido, eram consideradas um problema social, levamos um susto. Parece mentira, não? Mas não é.
Vista como um ser esquisito, o tal probleminha social, na verdade, não passava de uma preocupação política com o mercado de trabalho. O censo inglês da época contava muito mais mulheres solteiras do que homens, ocasionando um alarme entre os detentores do poder econômico.
Chegou-se a cogitar a emigração de mulheres para as colônias - onde sobrava homem -, para que elas pudessem exercer a sua função de fêmea, que seria, segundo concepção em voga, apenas o de completar e embelezar a vida do homem e não em se preocupar com carreira ou em ganhar seu sustento.
As feministas, por sua vez, tinham uma visão bem mais prática sobre a questão. Para elas, o excedente de mulheres disputando vagas no mercado de trabalho deveria ajudar a sociedade a refletir sobre as políticas sociais que lhes fechavam a porta para o ensino superior, para o voto e para as oportunidades profissionais e de desenvolvimento do seu potencial humano.

As mulheres fazem História

O Dia Internacional da Mulher foi criado em homenagem a 129 operárias que morreram queimadas numa ação da polícia para conter uma manifestação numa fábrica de tecidos. Essas mulheres estavam pedindo a diminuição da jornada de trabalho de 14 para 10 horas por dia e o direito à licença-maternidade. Isso aconteceu em 8 de março de 1857, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
É longo o caminho das mulheres em busca de respeito à sua dignidade pessoal, social e profissional. Longo, mesmo. E, isto, vocês podem perceber clicando em "As mulheres fazem a história".
Quando pensamos que, no fim do século dezenove, na Inglaterra, mulheres sozinhas, sem marido, eram consideradas um problema social, levamos um susto. Parece mentira, não? Mas não é.
Vista como um ser esquisito, o tal probleminha social, na verdade, não passava de uma preocupação política com o mercado de trabalho. O censo inglês da época contava muito mais mulheres solteiras do que homens, ocasionando um alarme entre os detentores do poder econômico.
Chegou-se a cogitar a emigração de mulheres para as colônias - onde sobrava homem -, para que elas pudessem exercer a sua função de fêmea, que seria, segundo concepção em voga, apenas o de completar e embelezar a vida do homem e não em se preocupar com carreira ou em ganhar seu sustento.
As feministas, por sua vez, tinham uma visão bem mais prática sobre a questão. Para elas, o excedente de mulheres disputando vagas no mercado de trabalho deveria ajudar a sociedade a refletir sobre as políticas sociais que lhes fechavam a porta para o ensino superior, para o voto e para as oportunidades profissionais e de desenvolvimento do seu potencial humano.

As mulheres fazem História

1792 - Inglaterra

Mary Wolstonecraft escreve um dos grandes clássicos da literatura feminista – A Reivindicação dos Direitos da Mulher – onde defendia uma educação para meninas que aproveitasse seu potencial humano.

1822 - Brasil

A Arquiduquesa da Áustria e imperatriz do Brasil, Maria Leopoldina Josefa Carolina, exerce a regência, na ausência de D. Pedro I, que se encontrava em São Paulo. A imperatriz envia-lhe uma carta, juntamente com outra de José Bonifácio, além de comentários de Portugal criticando a atuação do marido e de dom João VI. Ela exige que D. Pedro proclame a independência do Brasil e, na carta, adverte: "O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece".

1827 - Brasil

Surge a primeira lei sobre educação das mulheres, permitindo que freqüentassem as escolas elementares; as instituições de ensino mais adiantado eram proibidas a elas.

1857 - Estados Unidos

No dia 8 de março, em uma fábrica têxtil, em Nova Iorque, 129 operárias morrem queimadas numa ação policial porque reivindicaram a redução da jornada de trabalho de 14 para 10 horas diárias e o direito à licença-maternidade.
Mais tarde foi instituído o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, em homenagem a essas mulheres.

1879 - Brasil

As mulheres têm autorização do governo para estudar em instituições de ensino superior; mas as que seguiam este caminho eram criticadas pela sociedade.

1885 - Brasil

A compositora e pianista Chiquinha Gonzaga estréia como maestrina, ao reger a opereta "A Corte na Roça". É a primeira mulher no Brasil a estar à frente de uma orquetra. Precursora do chorinho, Chiquinha compôs mais de duas mil canções populares, entre elas, a primeira marcha carnavalesca do país: "Ô Abre Alas". Escreveu ainda 77 peças teatrais.

1887 - Brasil

Formou-se a primeira médica no Brasil: Rita Lobato Velho. As pioneiras tiveram muitas dificuldades em se afirmar profissionalmente e algumas foram ridicularizadas.

1893 - Nova Zelândia

Pela primeira vez no mundo, as mulheres têm direito ao voto.

1917 - Brasil

A professora Deolinda Daltro, fundadora do Partido Republicano Feminino em 1910, lidera uma passeata exigindo a extensão do voto às mulheres.

1920 - EUA

Sufrágio feminino.

1923 - Japão

As atletas femininas ganham o direito de participarem das academias de artes marciais.

1928 - Brasil

O Governador do Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine, consegue uma alteração da lei eleitoral dando o direito de voto às mulheres. Elas foram às ruas, mas seus votos foram anulados. No entanto, foi eleita a primeira prefeita da História do Brasil: Alzira Soriano de Souza, no município de Lages - RN.

1932 - Brasil

Getúlio Vargas promulga o novo Código Eleitoral, garantindo finalmente o direito de voto às mulheres brasileiras.
A primeira atleta brasileira a participar de uma Olimpíada, a nadadora Maria Lenk, de 17 anos, embarca para Los Angeles. É a única mulher da delegação olímpica.

1933 - Brasil

Nas eleições para a Assembléia Constituinte, são eleitos 214 deputados e uma única mulher: a paulista Carlota Pereira de Queiroz.

1937/1945 - Brasil

O Estado Novo criou o Decreto 3199 que proibia às mulheres a prática dos esportes que considerava incompatíveis com as condições femininas tais como: "luta de qualquer natureza, futebol de salão, futebol de praia, pólo, pólo aquático, halterofilismo e beisebol". O Decreto só foi regulamentado em 1965.

1945

A igualdade de direitos entre homens e mulheres é reconhecida em documento internacional, através da Carta das Nações Unidas.

1948

Depois de 12 anos sem a presença feminina, a delegação brasileira olímpica segue para Londres com 11 mulheres e 68 homens. Neste ano, a holandesa Fanny Blankers-Keon, 30 anos, mãe de duas crianças, foi a grande heroína individual da Olimpíada, superando todos os homens ao conquistar quatro medalhas de ouro no atletismo.

Declaração Universal dos Direitos Humanos

1949

São criados os Jogos da Primavera, ou ainda "Olimpíadas Femininas". No mesmo ano, a francesa Simone de Beauvoir publica o livro "O Segundo Sexo", no qual analisa a condição feminina.

1951

Aprovada pela Organização Internacional do Trabalho a igualdade de remuneração entre trabalho masculino e feminino para função igual.

1960 - Brasil

Grande tenista brasileira, a paulista Maria Esther Andion Bueno torna-se a primeira mulher a vencer os quatros torneios do Grand Slam (Australian Open, Wimbledon, Roland Garros e Us Open). Conquistou, no total, 589 títulos em sua carreira.

1974 - Argentina

Izabel Perón torna-se a primeira mulher presidente.

1975 - Argentina

Ano Internacional da Mulher. A ONU promove a I Conferência Mundial sobre a Mulher, na Cidade do México. Na ocasião, é criado um Plano de Ação.

1979 - Brasil

Eunice Michilles, então representante do PSD/AM, torna-se a primeira mulher a ocupar o cargo de Senadora, por falecimento do titular da vaga. A equipe feminina de judô inscreve-se com nomes de homens no campeonato sul-americano da Argentina. Esse fato motivaria a revogação do Decreto 3.199.

1980 - Brasil

Recomendada a criação de centros de autodefesa, para coibir a violência contra a mulher. Surge o lema: "Quem ama não mata".

1983 - Brasil

Surgem os primeiros conselhos estaduais da condição feminina (MG e SP), para traçar políticas públicas para as mulheres. O Ministério da Saúde cria o PAISM - Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, em resposta à forte mobilização dos movimentos feministas, baseando sua assistência nos princípios da integralidade do corpo, da mente e da sexualidade de cada mulher.

1983 - Estados Unidos

Sally Ride é a primeira mulher astronauta. Voou na nave espacial Challenger.

1985 - Brasil

Surge a primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher - DEAM (SP) e muitas são implantadas em outros estados brasileiros. Ainda neste ano, com a Nova República, a Câmara dos Deputados aprova o Projeto de Lei que criou o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.

1985

É criado o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), em lugar do antigo Fundo de Contribuições Voluntárias das Nações Unidas para a Década da Mulher.

1987 - Brasil

Criação do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Rio de Janeiro - CEDIM/RJ, a partir da reivindicação dos movimentos de mulheres, para assessorar, formular e estimular políticas públicas para a valorização e a promoção feminina.

1988 - Brasil

Através do lobby do batom, liderado por feministas e pelas 26 deputadas federais constituintes, as mulheres obtêm importantes avanços na Constituição Federal, garantindo igualdade a direitos e obrigações entre homens e mulheres perante a lei.

1990 - Brasil

Eleita a primeira mulher para o cargo de senadora: Júnia Marise, do PDT/MG.

1993 - Brasil

Assassinada Edméia da Silva Euzébia, líder das Mães de Acari, o grupo de nove mães que ainda hoje procuram seus filhos, 11 jovens da Favela de Acari (RJ), seqüestrados e desaparecidos em 1990.

1993

Ocorre, em Viena, a Conferência Mundial de Direitos Humanos. Os direitos das mulheres e a questão da violência contra o gênero recebem destaque, gerando assim a Declaração sobre a eliminação da violência contra a mulher.

1994 - Brasil

Roseana Sarney é a primeira mulher eleita governadora de um estado brasileiro: o Maranhão. Foi reeleita em 1998.

1996 - Brasil

O Congresso Nacional inclui o sistema de cotas, na Legislação Eleitoral, obrigando os partidos a inscreverem, no mínimo, 20% de mulheres nas chapas proporcionais.

1996 - Brasil

A escritora Nélida Piñon é a primeira mulher a ocupar a presidência da Academia Brasileira de Letras. Exerce o cargo até 1997 e é membro da ABL desde 1990.

1997 - Brasil

As mulheres já ocupam 7% das cadeiras da Câmara dos Deputados; 7,4% do Senado Federal; 6% das prefeituras brasileiras (302). O índice de vereadoras eleitas aumentou de 5,5%, em 92, para 12%, em 96.

1998 - Brasil

A Senadora Benedita da Silva é a primeira mulher a presidir a sessão do Congresso Nacional.

2001 - Alemanha

A alemã Jutta Kleinschmidt é a primeira mulher a vencer o Rali Paris-Dakar, na categoria carros. Considerada a prova mais difícil do planeta - seu desafio é atravessar o deserto - Kleinschmidt, com essa vitória, faz juz à força feminina, presente em todas as atividades do mundo atual. Em 23 anos de disputa, jamais uma mulher havia ganho nessa competição.

2003 - Brasil

Marina Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT) do Acre, reeleita senadora com o triplo dos votos do mandato anterior, assume o Ministério do Meio Ambiente do governo Lula no dia 1o de janeiro de 2003. Em seu discurso de posse, disse: "Não acho que devemos nos render à lógica do possível. O possível é feito para não se sair do lugar".

Machão Demais!

As mulheres conquistaram o direito de disputar oficialmente as provas olímpicas em 1928. O Barão Pierre de Coubertin – criador das Olimpíadas da era moderna – era totalmente contra a participação feminina nesse evento, então decidiu pedir demissão do cargo de presidente do Comitê Olímpico Internacional.

Elas Batem um Bolão!

Quem pensa que futebol feminino é novidade, está muito enganado. Inglaterra e Escócia foram os personagens da primeira partida de futebol entre mulheres, em 1898, em Londres.
No Brasil, a primeira partida de futebol feminino foi realizada em 1921, em São Paulo, onde enfrentaram-se os times das senhoritas catarinenses e tremembeenses.
Mas o que hoje é tão normal para nós levou muito tempo para ser conquistado. Em 1964, o Conselho Nacional de Desportos - CND proibiu a prática do futebol feminino no Brasil. Levou tempo para mudar essa situação. A decisão só foi revogada em 1981. E em 1996 o futebol feminino foi incluído como categoria nas Olimpíadas. O Brasil ficou com o quarto lugar, a mesma colocação que obteve nas Olimpíadas de Sydney, em 2000.
Em 2003, sob o comando do técnico Paulo Gonçalves, as meninas conquistaram a medalha de ouro nos Jogos Panamericanos e também o tetracampeonato sul-americano.

Contra a violência: Fórum Social Mundial - 2002

As mulheres foram participantes ativas do Fórum Social Mundial 2002, em Porto Alegre. Entre outras atividades, foram realizadas cerca de 100 oficinas propostas por mulheres, além de conferências e seminários.
Destacou-se a conferência "Cultura da violência, violência doméstica", organizada pela rede da Marcha Mundial das Mulheres. Como representantes da Marcha, estavam presentes Sashi Sail (Índia), Suzi Rujtman (França) e Diane Matte (Canadá).
O debatedor foi o psicanalista Jurandir Freire Costa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele ressaltou que a cultura da violência é um valor que vem sendo repassado ao longo dos tempos, e muitas pessoas nem têm consciência de como isto ocorre. Os padrões culturais mantidos até hoje contam um pouco desta história de violência justificada ou ignorada. O caminho apontado pelo psicanalista é uma ação crítica contra as bases do consenso moral.
Fátima Mello, representante da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), foi a responsável pela coordenação dos trabalhos. Ela lembrou da violência contra as mulheres afegãs e das estatísticas alarmantes: de 20% a 50% das mulheres no mundo já foram vítimas de assalto; uma em cada dez já foi estuprada; 30 milhões já foram mutiladas em todo o planeta.
As críticas recaíram também sobre a combinação da estrutura patriarcal com a economia capitalista neoliberal. Por um lado, o patriarcado impõe papéis desiguais a homem e mulher; em contrapartida, o sistema neoliberal impõe a divisão do trabalho também desigual entre os sexos.
A conferência teve como resultado algumas propostas de nível mundial, versando sobre a proibição da prática de todas as formas de violência (entendida como abuso de poder), e cobrando das autoridades a aplicação efetiva das leis. Com isto, busca-se punir os responsáveis por agressões contra as mulheres. Para 2003, foi criado um projeto de tribunal internacional da violência contra as mulheres.

O que Você Acha Disto?

Infelizmente, a história das mulheres nem sempre foi marcada por conquistas. Em muitos lugares do mundo ainda falta mudar muita coisa para que a mulher tenha seus direitos respeitados. Reunimos alguns fatos para que você tome conhecimento e gostaríamos muito que você desse sua opinião sobre o que acha dessas situações. Leia e faça seus comentários.

Mutilação genital feminina

Alguns grupos étnicos praticam a mutilação genital feminina, ou seja, a retirada total ou parcial dos órgãos sexuais femininos (clitóris e lábios da genitália). Essa prática só vem afirmar o desrespeito à mulher nessas comunidades, pois a mutilação é praticada geralmente entre os 4 e 8 anos, quando a criança nem sabe do que se trata e muito menos tem o direito de rejeitar o ato, e seu objetivo é fazer com que a mulher já adulta não sinta prazer no ato sexual. Como se não bastasse o desrespeito, ainda há agravantes: a mutilação é feita sem qualquer anestésico, porque fazem parte do ritual o sofrimento e a dor; pode provocar hemorragia, infecções muito graves e até mesmo a morte. Além disso, a utilização dos instrumentos em várias meninas pode provocar a transmissão da AIDS.
A mutilação é praticada em mais de 28 países africanos, em populações muçulmanas, na Indonésia, Sri Lanka, Malásia, Índia, Egito, Omã, Yemem e Emirados Árabes Unidos. Cerca de 135 milhões de meninas e mulheres em todo mundo sofreram a mutilação genital feminina. A Organização Mundial da Saúde calcula que são mutiladas 6.000 mulheres por dia – 41 por minuto.

Ultrassonografia a serviço do aborto

Em Bangladesh, país localizado na Ásia, a ultrassonografia não vem sendo usada simplesmente como um recurso para garantir o melhor acompanhamento da gravidez e da saúde da mulher. Como o método permite saber o sexo do bebê bem antes do nascimento, muitas vezes as famílias, ao saber que a criança é do sexo feminino, decidem fazer o aborto. Isto porque nessa sociedade a mulher é vista como inferior e o filho tem mais valor que a filha.

Controle de natalidade cruel

Na China, devido à superpopulação e à conseqüente dificuldade em sustentar os filhos, o governo estabeleceu que as famílias só poderiam ter um filho. Como nesse país a mulher não é vista com bons olhos - eles preferem os homens, que têm força para trabalhar e lutar - é sabido que quando nasce uma menina não é raro a criança ser morta, pois não terá utilidade para a família e será desvalorizada pela sociedade. Como só podem ter uma criança, é melhor então que seja menino.

Violência extrema

Na Índia as mulheres têm sempre que ser submissas e obedientes aos seus maridos. E as autoridades fazem vista grossa às maiores atrocidades cometidas, como por exemplo, o fato de o homem cobrir com líquido inflamável e atear fogo à esposa. Ele é como se fosse dono dela. E a mulher é como se fosse uma mercadoria, um objeto, que ele pode utilizar como bem entender e do qual pode se desfazer, se por algum motivo não a quiser mais.

Crenças que aumentam a possibilidade de risco

Separamos aqui algumas crendices, comuns principalmente entre povos africanos. Estas idéias partem de princípios preconceituosos, que subjugam o gênero feminino e resultam em problemas de saúde física e psicológica para as mulheres. Aí se inclui a contaminação pelo HIV, muitas vezes corroborada por estas crenças infundadas.
Uma delas é a idéia de que ter relação sexual com uma mulher virgem curaria o homem do HIV. Daí é fácil imaginar o resto: muitas meninas novas acabaram sendo forçadas a fazer sexo sem proteção com homens contaminados.
Outro pensamento comum, desta vez no Senegal, é de alguns homens que acreditam que a circuncisão feminina seja positiva porque "racionaliza" o desejo das mulheres. Embora soe muito agradável para uma cultura machista, a prática da extirpação do clitóris da mulher aumenta, e muito, o risco de contaminação pelo HIV.
Do mesmo modo, as meninas que se casam muito cedo, de acordo com o costume de algumas tribos, têm mais chances de contrair AIDS. Forçadas a terem relações sexuais sem estarem preparadas, o risco de ferimentos é maior - o que aumenta o risco de contágio.

Exames femininos gratuitos no Brasil

Os exames preventivos anuais de ginecologia e de mamografia são importantíssimos para acompanhar a saúde da mulher. Mesmo assim, estes exames não eram oferecidos gratuitamente a todas as brasileiras: era preciso apresentar uma declaração de pobreza para consegui-los através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Mas as coisas podem melhorar logo, logo. É que a Câmara dos Deputados aprovou a gratuidade destes exames anuais para todas as mulheres a partir de 30 anos e também para aquelas que apresentem problemas ginecológicos ou de mama, desde que constatados por médicos credenciados pelo SUS.
A idéia de estender o direito aos exames tem como base o artigo 194 da Constituição da República, que prevê a universalidade do atendimento na área de saúde.
Outro projeto que beneficia as mulheres é o Projeto de Lei 848/99, também aprovado, permitindo a realização gratuita de testes de mamografia, senografia e mastografia, desta vez para as mulheres que tenham sido recomendadas a fazê-los, por causa de um diagnóstico anterior.
Embora os dois projetos aumentem as possibilidades de acesso gratuito, tal acesso ainda está longe de ser universal. A saúde não deveria ser um direito de todos?

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INGLÊS PARTE l "- International Women's Day"

International Women's Day (8 March) is an occasion marked by women's groups around the world. This date is also commemorated at the United Nations and is designated in many countries as a national holiday. When women on all continents, often divided by national boundaries and by ethnic, linguistic, cultural, economic and political differences, come together to celebrate their Day, they can look back to a tradition that represents at least nine decades of struggle for equality, justice, peace and development.

International Women's Day is the story of ordinary women as makers of history; it is rooted in the centuries-old struggle of women to participate in society on an equal footing with men. In ancient Greece, Lysistrata initiated a sexual strike against men in order to end war; during the French Revolution, Parisian women calling for "liberty, equality, fraternity" marched on Versailles to demand women's suffrage.

The idea of an International Women's Day first arose at the turn of the century, which in the industrialized world was a period of expansion and turbulence, booming population growth and radical ideologies. Following is a brief chronology of the most important events:

1909
In accordance with a declaration by the Socialist Party of America, the first National Woman's Day was observed across the United States on 28 February. Women continued to celebrate it on the last Sunday of that month through 1913.

1910
The Socialist International, meeting in Copenhagen, established a Women's Day, international in character, to honour the movement for women's rights and to assist in achieving universal suffrage for women. The proposal was greeted with unanimous approval by the conference of over 100 women from 17 countries, which included the first three women elected to the Finnish parliament. No fixed date was selected for the observance.

1911
As a result of the decision taken at Copenhagen the previous year, International Women's Day was marked for the first time (19 March) in Austria, Denmark, Germany and Switzerland, where more than one million women and men attended rallies. In addition to the right to vote and to hold public office, they demanded the right to work, to vocational training and to an end to discrimination on the job.

Less than a week later, on 25 March, the tragic Triangle Fire in New York City took the lives of more than 140 working girls, most of them Italian and Jewish immigrants. This event had a significant impact on labour legislation in the United States, and the working conditions leading up to the disaster were invoked during subsequent observances of International Women's Day.

1913-1914
As part of the peace movement brewing on the eve of World War I, Russian women observed their first International Women's Day on the last Sunday in February 1913. Elsewhere in Europe, on or around 8 March of the following year, women held rallies either to protest the war or to express solidarity with their sisters.

1917
With 2 million Russian soldiers dead in the war, Russian women again chose the last Sunday in February to strike for "bread and peace". Political leaders opposed the timing of the strike, but the women went on anyway. The rest is history: Four days later the Czar was forced to abdicate and the provisional Government granted women the right to vote. That historic Sunday fell on 23 February on the Julian calendar then in use in Russia, but on 8 March on the Gregorian calendar in use elsewhere.

Since those early years, International Women's Day has assumed a new global dimension for women in developed and developing countries alike. The growing international women's movement, which has been strengthened by four global United Nations women's conferences, has helped make the commemoration a rallying point for coordinated efforts to demand women's rights and participation in the political and economic process. Increasingly, International Women's Day is a time to reflect on progress made, to call for change and to celebrate acts of courage and determination by ordinary women who have played an extraordinary role in the history of women's rights.


The Role of the United Nations

Few causes promoted by the United Nations have generated more intense and widespread support than the campaign to promote and protect the equal rights of women. The Charter of the United Nations, signed in San Francisco in 1945, was the first international agreement to proclaim gender equality as a fundamental human right. Since then, the Organization has helped create a historic legacy of internationally agreed strategies, standards, programmes and goals to advance the status of women worldwide.

Over the years, United Nations action for the advancement of women has taken four clear directions: promotion of legal measures; mobilization of public opinion and international action; training and research, including the compilation of gender desegregated statistics; and direct assistance to disadvantaged groups. Today a central organizing principle of the work of the United Nations is that no enduring solution to society's most threatening social, economic and political problems can be found without the full participation, and the full empowerment, of the world's women.

(Department of Public Information )

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Análise de Cartoon (I PARTE)



SUGESTÕES:
1- A mulher parece estar assustada. Por quê?
2- O homem aparenta estar irritado. Por qual motivo?
3- Comente sobre o comportamento do cachorro..

4- O que a mulher vê espalhado pelo chão?

5- “Você não era assim quando nos casamos”! Na sua opinião,
por que o homem disse esta frase para a esposa?6- Pela atitude da mulher, o que ela poderia ter dito ao marido?7- Pela fisionomia do homem e sua atitudes, que tipo de pessoa ele é?
8- O que o cartunista quis criticar com o desenho?

Violência nas Escolas

Pode-se afirmar que a violência nas escolas tem afetado o cotidiano de alunos, professores e funcionários, de diferentes formas e práticas. Ela é manifestada em brigas, discriminações, indisciplinas, desrespeitos, humilhações, vandalismos, agressões físicas e verbais...
Há uma ausência de clareza nos papéis da direção e equipe pedagógica. Entre estes, é visível um empurra-empurra de funções e atitudes. Na Escola, o único que tem um papel claramente definido é o professor. Na sua ausência, por qualquer motivo, pelo menor tempo, todos sentem sua falta, e, se o professor não fizer seu trabalho eficientemente, certamente o resultado será notório.
A violência escolar é notada diariamente no comportamento do educando, na sua insatisfação pelo que a escola lhe oferece: professores esgotados, escola mal equipada, objetos ultrapassados e quebrados, ambiente inadequado, o menor movimento do aluno numa carteira provoca um barulho muito alto. Os alunos ficam irritados uns com outros estressados com o aperto, com o barulho externo e interno, com o calor e outros fatores não descritos
O ambiente escolar é insensível com as necessidades do educando e dos profissionais que ali trabalham. Quando o local e as condições de trabalho não valorizam nem estimulam educando e profissionais da educação, torna-se desumano.
O que se percebe é que a progressão da violência escolar esbarra em leis que impedem a ação dos professores, direção e equipe pedagógica, deixando-os em situações de conflito e humilhantes, dificultando a solução dos problemas.
A escola deixou de mandar, porque as leis que protegem o menor não são claras a ponto de esclarecer sobre seus deveres. No ambiente escolar está acontecendo uma enorme e desastrosa inversão de valores. Isso gerou uma certa rebeldia. “Ninguém obedece aquele que acha que menos.¹”. Atualmente é o aluno quem dita as regras. O professor, para impor sua autoridade precisa vencer o aluno no grito, porque não tem nenhuma forma de exercer seu papel de educar, a não ser depois de saturado de sofrer humilhações. E aí tem que relatar o problema para o Diretor ou para o Pedagogo a fim de o problema seja encaminhado para que haja uma solução, que pode levar muitos dias para acontecer. Se isso se acontecer com freqüência, o professor corre o risco de ser julgado como "sem domínio" ou como "incompetente".
Não se trata de saudosismo, mas se observa que a autoridade do diretor e dos professores foi relegada. O aluno acostumou-se a uma rotina de indisciplina e violência por que tem consciência disso. Apenas quando essas situações de conflito e esgotantes ficam insustentáveis, é que se buscam meios de resolvê-las fora da escola. Os problemas que estão dentro da escola, são levados para fora dela, afim de que seja solucionados por alguém que está alheio, que não vivenciou os acontecimentos.
A escola é semelhante a um cristal que depois de quebrado, nem a melhor das colas consegue esconder sua ruptura. Quando o aluno se vê sendo encaminhado para uma autoridade fora da escola só pode pensar que as pessoas que ali estão desempenhando o papel de educar são incapazes de fazê-lo. Quem fica com as marcas é o aluno. Enquanto esse problema não se resolve, a escola fica com a obrigação de procurar uma solução.


(Grupo de Estudos - Paulistania)

Violência contra professores

VIOLÊNCIA - Até quando?

A agressividade é natural ao ser humano. Foi necessária à sua sobrevivência e defesa pessoal. Ela se manifestou em situações de riscos: ataques de animais, lutas corporais contra invasores, catástrofes... Com o passar dos séculos, a humanidade aprendeu a lidar com essa hostilidade, surgiram as regras para o bom convívio social. A educação foi elaborada. Nasceram as escolas, mas a família era a responsável pela educação dos filhos. O desenvolvimento tecnológico iniciou um caminho sem volta... Enquanto isso, na escola, o professor, era o detentor do saber e o aluno, pacífico ouvinte, recebia o conhecimento sem nada contestar.

Atualmente, as famílias pouco se encontram. Em casa, cada um tem seu horário de trabalho e estudo, os pais já não têm tanto tempo para o contato físico com os filhos. Muitas famílias estão desestruturadas pelo alcolismo, pela droga, pela violência doméstica, desagregação familiar, ausência de valores. O professor já não é o detentor do saber. A informação está em todas as partes: livros, revistas, jornais, cartazes, rádio, televisão, cinema, CD, DVD, INTERNET. Essa informação que chega em grande quantidade torna tudo muito fácil, não é preciso pensar, não é necessario esforço para assistir a um filme, ouvir uma música, navegar na INTERNET. A escola, apesar de ligada à rede mundial de não consegue acompanhar todos os avanços. Já não atrai grande parte dos alunos.
A violência chegou à escola: alunos agressivos uns com os outros. Nas salas de aula respira-se o desânimo e a indisciplina. Isso é refletido em vandalismos, agressões físicas e verbais, rejeições, discriminações. O professor é tratado com desrespeito e descaso. Ordens e regras pouco são acatadas. Em algumas turmas, dar aulas tornou-se uma tortura. O respeito que se tinha pelo professor não é mais o mesmo. Casos de agressões físicas, ameças e humilhações a professores tornaram-se comuns, e são notícias em jornais nacionais e internacionais. Tornou-se corriqueiro ver um professor agredido e humilhado desistir da profissão. Até quando teremos de conviver com essa agressividade? Ainda estamos no mês de abril, mas veja quantas notícias de agressões a professores já foram manchete este ano.


Menino de 9 anos tenta agredir professora e é recolhido pelo Conselho Tutelar


Aluno teria agredido três funcionários em escolas no RS

Linguagem, língua e fala

A comunicação é uma característica inerente a todos os seres, permitindo-os viver em sociedade, compartilhando experiências, interagindo com as diferentes culturas e manifestando sentimentos diversos.

Em se tratando da linguagem, ela está diretamente ligada à capacidade humana formada por leis combinatórias e signos linguísticos materializados pela mensagem.

Contudo, há também outras formas de manifestarmos a linguagem, ou seja, por meio de gestos, por um olhar, pela música, dança, pelas obras de arte, como a cultura, escultura e pelos símbolos. Quando nos referimos a eles, remetemo-nos à ideia da linguagem não verbal, constituída pelos sinais gráficos, cuja interpretação requer do interlocutor, conhecimentos linguísticos e conhecimentos adquiridos ao longo de sua existência.

Eis a seguir alguns exemplos:





De modo a tornar efetiva a linguagem verbalizada, esta condiciona-se a dois fatores: à língua e à fala. A língua é fator resultante da organização de palavras, segundo regras específicas e utilizadas por uma coletividade.

Como código social, a língua não pode ser modificada arbitrariamente, em função destas regras preestabelecidas. Tal organização tende a corroborar para que o enunciado seja manifestado de forma clara, objetiva e precisa.

Esta organização básica do pensamento, opiniões e ideias subsistem em uma capacidade proferida por um modo mais individual. Tal afirmativa parte do pressuposto de que cada ser humano é único e que, para ser compreendido, não precisa se expressar igual aos outros. Cada um expõe seus sentimentos e revela sua maneira de ver o mundo de forma subjetiva, caracterizando, desta forma, a fala.

Enfim, todo este processo resulta no ato comunicativo como sendo uma experiência cotidiana, pois estamos a todo o momento remetendo e recebendo mensagens, as quais limitam-se a infinitas finalidades: informar, aconselhar, persuadir, entreter, expor opiniões, dentre outras.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Aula de português

A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, equipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, seqüestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.

Carlos Drummond Andrade

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

LER É UMA GRANDE DESCOBERTA!

                 Oito motivos para incentivar a leitura

Blog de adonaivida : ADONAI VIDA, LER É UMA GRANDE DESCOBERTA!1- Desenvolve o repertório:
Ler é um ato valioso para o crescimento pessoal e também profissional de seus alunos
                 2- Amplia o conhecimento geral:
Além de ser envolvente, a leitura expande as  referências e a capacidade de comunicação
                 3- Estimula a criatividade:
Ler é fundamental para solta a imaginação.Por meio dos livros, criamos lugares e personagens
               Blog de adonaivida : ADONAI VIDA, LER É UMA GRANDE DESCOBERTA! 4- Aumenta o vocabulário:
Graças aos livros, descobrimos novas palavras e novos usos para as que já conhecemos.
                5- Emociona e causa impacto:
Quem já se sentiu triste ou alegre ao fim de um romance sabe o poder que um bom livro tem.
                 6- Muda sua vida;
Quem lê desde cedo está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida.
                7- Liga o senso crítico na tomada:
Livros, inclusive os romances, ajudam a entender melhor o mundo e nós mesmos.
                 Blog de adonaivida : ADONAI VIDA, LER É UMA GRANDE DESCOBERTA!   8- Facilita à escrita:
Ler é um hábito que se reflete no domínio da  escrita. Quem lê mais escreve melhor.
Tire sempre um tempo para ler, você vai amar.
Blog de adonaivida : ADONAI VIDA, LER É UMA GRANDE DESCOBERTA!  Blog de adonaivida : ADONAI VIDA, LER É UMA GRANDE DESCOBERTA!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

História e evolução da língua portuguesa

       O surgimento da Língua Portuguesa está profunda e inseparavelmente ligado ao processo de constituição da Nação Portuguesa. Na região central da actual Itália, o Lácio, vivia um povo que falava latim. Nessa região, foi posteriormente fundada a cidade de Roma. Esse povo foi crescendo e anexando novas terras ao seu domínio. Os romanos chegaram a possuir um grande império e, a cada conquista, impunham aos vencidos os seus hábitos, as suas instituições, os seus padrões de vida e a sua língua.          Existiam duas modalidades de latim: o latim vulgar (sermo vulgaris, rusticus, plebeius) e o latim clássico (sermo litterarius, eruditus, urbanus).
          O latim vulgar era somente falado. Era a língua do quotidiano, usada pelo povo analfabeto da região central da actual Itália e das províncias: soldados, marinheiros, artífices, agricultores, barbeiros, escravos, etc. Era a língua coloquial, viva, sujeita a alterações frequentes e por isso apresentava diversas variações.
         O latim clássico era a língua falada e escrita, apurada, artificial, rígida; era o instrumento literário usado pelos grandes poetas, prosadores, filósofos, retóricos. A modalidade do latim que os romanos acabavam por impor aos povos vencidos era a vulgar; estes povos eram muito diversificados e falavam línguas muito diferentes, por isso em cada região o latim vulgar sofreu alterações distintas, o que resultou no surgimento dos diferentes romanços (do latim romanice, que significa "falar à maneira dos romanos"), que deram posteriormente origem às diferentes línguas neolatinas.
        Seja como for, será errado considerar Latim Urbanus e Latim Vulgaris como duas línguas diferentes. Do mesmo modo que não será correcto estabelecer-se entre estas duas denominações uma diferenciação assente na oposição entre língua escrita e língua falada, uma vez que ambas eram utilizadas quer por escrito, quer oralmente.           Os próprios Romanos distinguiam já sermo urbanus (linguagem culta) de sermo vulgaris ou sermo plebeius (linguagem popular ou corrente). Cícero, nas suas Cartas, além de empregar certos vulgarismos, comprazia-se com o uso da linguagem da vida quotidiana (cotidianis verbis). E também Catulo e Petrónio deram foros de literário ao latim vulgar.


http://esjmlima.prof2000.pt/hist_evol_lingua/R_GRU-B.HTM

Última flor do Lácio, inculta e bela

 

 


A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela” é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu no período de 1865 a 1918. Esse verso é usado para designar o nosso idioma: a última flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim. O termo inculta fica por conta de todos aqueles que a maltratam (falando e escrevendo errado), mas que continua a ser bela.


LÍNGUA PORTUGUESA


Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela…

Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!


 Olvo Bilac

sábado, 5 de fevereiro de 2011

É preciso ensinar os alunos a usar a tecnologia com consciência.

O conhecimento de novas tecnologias ainda encontra resistências na escola. Enquanto alguns educadores temem que o uso da internet, de softwares educativos e de plataformas de ensino a distância prejudique o processo de aprendizagem, outros negam a existência desses recursos didáticos por desconhecer suas potencialidades.

As tecnologias contemporâneas permitem a construção de leituras inovadoras do mundo e ampliam as possibilidades de articulação, construção e circulação da informação. Aprendemos com o filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein (1889-1951) que os limites da nossa linguagem denotam os limites do nosso mundo. Quanto maior a diversidade de ferramentas dominadas pelo aluno, maior será seu território de ação.

Hoje, presenciamos a articulação de movimentos sociais e da sociedade civil por meio de sites, redes sociais, blogs etc. Não é possível ignorar a quantidade e a qualidade de informações que circulam nos espaços virtuais. É fascinante a variedade de textos, imagens e vídeos existentes na web. Ensinar a criança e o adolescente a se apropriar dessas novas linguagens é a única maneira de torná-los competentes para a comunicação coletiva. Toda escola deveria assumir o compromisso ético de proporcionar aos alunos o uso adequado dessas ferramentas, dando, assim, subsídios para que sejam capazes de filtrar as informações disponíveis, produzir conteúdos e conseguir articulá-los de forma reflexiva.

O orientador educacional e os demais gestores podem contribuir ao auxiliar as equipes a investigar a internet não apenas como uma ferramenta para o conhecimento, mas como uma aprendizagem em si mesma. A linguagem da rede mundial tem uma estrutura própria, com signos e significados que precisam ser compreendidos. É comum as pessoas - inclusive os alunos - identificarem o espaço virtual como sendo de caráter privado e divulgarem informações particulares sobre si ou outros colegas. Ocorre, porém, que isso não é verdade e os problemas de convivência ficam superdimensionados - o cyberbullying é apenas um exemplo dessa prática inapropriada.

Realizar uma pesquisa sobre o uso da internet pelos estudantes pode fornecer pistas interessantes. Investigar, por exemplo, qual o tempo destinado às tecnologias, quais os sites e as redes sociais mais frequentados, a natureza dos jogos preferidos etc. Esse levantamento ajudará a mapear a intensidade e a qualidade da utilização dos recursos tecnológicos pelos alunos, fornecendo parâmetros úteis para a análise pela equipe docente.

Nesse ponto, as escolas deveriam estabelecer uma meta: buscar compreender, nas reuniões pedagógicas ou em outros espaços formativos, as estratégias didáticas para a aprendizagem das linguagens oriundas das novas tecnologias.

Para não cair em armadilhas, o importante é preservar, nos processos de ensino e aprendizagem, o sentido do conhecimento - ou seja, as preocupações e as indagações do aluno, da cultura e da sociedade. A escola que se empenha em inquietar o jovem, confrontando-o com questionamentos e conteúdos que o ajudam a entender o mundo em que vive, não deve temer a tecnologia, mas problematizá-la.




Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/orientador-educacional/preciso-ensinar-alunos-usar-tecnologia-consciencia-615029.shtml

ALGUMAS SUGESTÕES DE ATIVIDADE PARA O PRIMEIRO DIA DE AULA

ÁRVORE DOS SONHOS
Representar uma árvore no papel pardo ou cartolina; afixá-la no painel ou parede. Em cima da árvore, escrever uma pergunta relacionada com o assunto (pode ser sobre questões ambientais, regras de convivência, o ambiente escolar etc) que será tratado durante o bimestre, trimestre... Ex.: Como gostaríamos que fosse...?
Cada criança receberá uma "folha da árvore" para escrever seu sonho, o sonho é o que a criança espera que "aconteça de melhor" para o assunto em questão. Depois, pedir para cada criança colocar sua folha na árvore dos sonhos.
Obs: Esta atividade poderá ser retomada durante o período que for trabalhado o assunto, ou ao final do período para que haja uma reflexão sobre o que eles queriam e o que conseguiram alcançar.

DA CONFUSÃO À ORDEM
Estas atividades são ideais para que a criança perceba a necessidade da organização para o bom desempenho das atividades. O professor pode, a partir da fala das crianças, levantar algumas regras para a organização em sala de aula.
Pedir para que as crianças, todas ao mesmo tempo, cantarem uma música para o seu companheiro do lado (esta atividade gerará um caos); depois pedir a um aluno que cante a música dela para a classe. As crianças perceberão como o caos é desagradável e como a ordem tem um sentido. O professor poderá levantar com as crianças outras situações vividas onde a organização é essencial.

O LAGO DE LEITE
(Despertar no aluno o prazer do trabalho em conjunto e a importância da ação individual na contribuição com o todo.
O professor poderá falar um pouco sobre o trabalho na série, para que as crianças entendam a importância do envolvimento de todos para a realização do mesmo).
Em um certo lugar no Oriente, um rei resolveu criar um lago diferente para as pessoas do seu povoado. Ele quis criar um lago de leite, então pediu para que cada um dos residentes do local levassem apenas 1 copo de leite; com a cooperação de todos, o lago seria preenchido. O rei muito entusiasmado esperou até a manhã seguinte para ver o seu lago de leite. Mas, tal foi sua surpresa no outro dia, quando viu o lago cheio de água e não de leite. Em seguida, o rei consultou o seu conselheiro que o informou que as pessoas do povoado tiveram o mesmo pensamento: "No meio de tantos copos de leite se só o meu for de água ninguém vai notar..."
Questionar com as crianças: Que valor faltou para que a idéia do rei se completasse?
Após a discussão, seria interessante que os alunos construíssem algo juntos, como por exemplo: o painel da sala. A sala pode ser decorada com im recorte que, depois de picotado, forma várias pessoas de mãos dadas, como uma corrente.
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