quarta-feira, 26 de julho de 2017

A Regência Verbal e as marcas da oralidade


Boa tarde pessoal!!!


Vejam aqui algumas dicas importantes sobre Regência Verbal..É sempre bom lembrar que para, fazer uma boa redação no ENEM exige o domínio da norma padrão da língua escrita, logo, trabalhar corretamente com determinados verbos e seus respectivos complementos é fundamental.
CONCEITOS BÁSICOS:
Observem os exemplos a seguir:
I) Os brasileiros amam futebol.
II) Os brasileiros gostam de futebol.
Na primeira frase, o verbo “amar” exige um complemento (“futebol”) não preposicionado. Já na segunda sentença, percebemos que o verbo “gostar” exige um complemento preposicionado (“de futebol”). Logo, os verbos em destaque acima se diferem quanto à regência.
REGÊNCIA VERBAL: relação entre o verbo (termo regente) e seus possíveis complementos (termos regidos).
A REGÊNCIA E AS MARCAS DE ORALIDADE
São muito comuns erros de regência, visto que muitas formas cristalizadas na linguagem falada não condizem com a norma culta.
Vejam a imagem a seguir:

Observem que há, na charge acima, um erro clássico de regência incluindo o verbo “chegar”. Esse verbo exige a preposição “A”, na indicação de destino e não “EM”, como muitos utilizam.
Vejam as construções a seguir:
Os brasileiros chegam a um destino incerto. (CORRETO)
Os brasileiros chegam em um destino incerto. (INCORRETO)
Além do “chegar”, selecionei alguns verbos que costumam gerar dúvidas:
• IMPLICAR
No sentido de acarretar, exige complemento sem preposição e não com a preposição “EM”, típica de construções informais.
Essa atitude implicará mudanças. (CORRETO)
Essa atitude implicará em mudanças. (INCORRETO)
Obs. O verbo implicar no sentido de “ter implicância” aceita a preposição COM.
Exemplo: O aluno implicava com seu colega de classe.
• IR
Aceita as preposições A ou PARA.
Iremos a Caxias hoje à tarde.
Iremos para o sul do país no final do ano.
SE LIGA!
Dependendo da preposição escolhida, percebemos uma pequena diferença semântica, ou seja, uma sutil mudança no sentido da frase. O uso da preposição “a”, nesse caso, dá uma ideia de “efemeridade”, algo “passageiro”; a preposição “para” conota “permanência”, “algo mais definitivo”.
• MORAR, RESIDIR
Trabalham com a preposição EM e não com a preposição A, como, algumas vezes, acontece.
Moro em Curitiba.
Resido no Rio de Janeiro.
• NAMORAR
É transitivo direto, não exigindo, portanto, nenhuma preposição.
Ela namorava o filho do meu advogado.
Atenção!
Maria namora com João. (Se “João” for o complemento verbal, a frase está gramaticamente INCORRETA).
• OBEDECER
É transitivo indireto, exigindo a preposição A.
Devemos obedecer às leis.
• PREFERIR
Segundo a norma culta, o verbo preferir exige dois complementos: um sem preposição e o outro com a preposição A. Além disso, não se deve usar palavras como: mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.
Prefiro Português a Matemática. (CORRETO)
Prefiro muito mais Português do que Matemática. (INCORRETO)
• SER
É incorreta a construção ser + preposição EM. Logo:
Somos vinte. (CORRETO)
Somos em vinte. (INCORRETO)
• SIMPATIZAR
Exige a preposição COM.
Simpatizei com aquela professora.
SE LIGA!
O verbo simpatizar não é pronominal. Dessa forma, não existe "simpatizar-se", nem "antipatizar-se".
A minha mãe se simpatizou com meu novo namorado. (INCORRETO)
Sigam as dicas e boa sorte!!

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